10 de abril de 2011

O mundo de Sofia - Mitologia

A palavra filosofia vem do grego, que significa “amigo da sabedoria” (philos = amigo e Sophia = conhecimento).
Pode-se dizer que é a mãe de todas as ciências, porque elas nos fez sair do mundo dos mitos, para migrar à observação da natureza, às suposições, comprovações e conhecimento.

Em 2009 li um clássico da literatura que é o Mundo de Sofia, de Jostein Gaarder. Simplesmente me apaixonei pelo tema. Ele conta basicamente como o homem começou a construir seu conhecimento, assim como, quais são as linhas de pensamento que promoveram o desenvolvimento do homem no decorrer da história. A ótica é a filosofia, contada de forma romanceada, em um contexto surreal, com final surpreendente.

A temática da filosofia é tão interessante e importante na construção do conhecimento, que mensalmente postarei informações sobre as linhas de pensamento filosóficos, seguindo a cronologia colocada no livro. Buscarei colocar as idéias principais de forma a não ficar maçante, mas que seja suficiente para o entendimento geral.

A primeira abordagem do livro é sobre a mitologia e a migração ao naturalismo. O autor conta sobre o início do que entendemos como Filosofia e o seu surgimento que se deu na Grécia por volta de 600 a.C.

O livro traz: “Antes disso, todas as perguntas dos homens haviam sido respondidas pelas diferentes religiões. Essas explicações religiosas tinham sido passadas de geração para geração através dos mitos.

Um mito é a história de deuses e tem por objetivo explicar por que a vida é assim como é.

Ao longo dos milênios, espalhou-se por todo o mundo uma diversificada gama de explicações mitológicas para as questões filosóficas. Os filósofos gregos tentaram provar que tais explicações não eram confiáveis.”

Ou seja, o homem não entendia como ocorriam os fenômenos da natureza, como por exemplo as estações do ano, como se dava o nascimento e crescimento de plantas. Costumava associar sempre a seres mitológicos que regiam toda a ordem do mundo.

O início dessa quebra de crenças se deu quando os filósofos gregos passaram a questionar essa dinâmica. A partir do momento que os mitos foram colocados no papel, por Homero e Hesíodo (por volta de 700 a.C.) foi possível discutir sobre eles.

A crítica dos filósofos foi direcionada aos perfis dos deuses, que possuíam características iguais às dos homens, e pela primeira vez na história da humanidade, supôs-se que talvez os mitos não passassem de uma invenção do homem, fruto de sua imaginação.

Com a expansão territorial grega, escravos realizavam trabalhos braçais, liberando uma linha de cidadãos livres, que puderam se dedicar ao estudo da política e da cultura. Isso proporcionou um salto do conhecimento humano, permitindo aos cidadãos opinarem sobre a melhor forma que a sociedade devesse ser organizada.

O autor encerra essa primeira parte dizendo: “Dizemos que naquela época ocorreu a evolução de uma forma de pensar atrelada ao mito para um pensamento construído sobre a experiência e a razão. O objetivo dos primeiros filósofos gregos era o de encontrar explicações naturais para os processos da natureza.”

. . . Praticando a filosofia: Traçar um paralelo sobre essa migração que aconteceu no passado, com o que acontece no mundo hoje é um tanto quanto útil, não acham? Isso dá um bom papo para um novo post!

O próximo assunto abordado será o entendimento do que seria essa linha naturalista, e o que ela tem em comum com o “enigma de esfinge”.

Até lá!

Nenhum comentário: