10 de abril de 2011

Filme "Sexo sem compromisso"


O nome do filme parece um clichê. A sinopse também parece um clichê. Não parecem... são.

Mas o que fez com que me chamasse a atenção a ponto de ser a minha recomendação de filme do mês de Março? A história me fez com que refletisse sobre algumas coisas, que também devem ser reflexões comuns a maioria das pessoas. Se ainda não foram, serão alguma hora.

Mesmo as pessoas se gostando, e muito, pode acontecer de viverem separadas. A sincronicidade tanto de coisas boas quanto de ruins acontece. Às vezes basta um gesto, um olhar, uma palavra e traça-se o futuro. Às vezes em medida amena, às vezes drástico assim, agudo assim.

Mesmo as pessoas optando em sã consciência por não se envolverem, quando bate o sentimento, de repente se vêem imersas nele ou em vias de. A forma com que reagem a isso é justamente o que acaba determinando o futuro da situação.

Pode-se optar por entrar no relacionamento de forma verdadeira, ou de continuar tocando a vida, à moda “superficialidade do acaso”. Para ambos os casos, acho que requer coragem. Entregar-se num relacionamento pode tornar qualquer pessoa vulnerável, o que em princípio não agrada a ninguém. Mas até mesmo a superficialidade tem certo tom de coragem, pois é a opção por não viver plenamente a vida. É achar que é capaz de ser alto-suficiente no quesito felicidade. Denominei como coragem, mas escrevendo agora soa mais como ingenuidade...

O fato é que cada pessoa traz consigo um universo a parte. Uma construção feita de sonhos, manias, desejos, histórias, “jeitos quebrados”, um tanto a mais disso, outro tanto a menos daquilo... mas todos trazemos riquezas. Conscientes ou não. Mas o que faz com que às vezes façamos uma força danada em dar maior importância a coisas bobas... Seria a loucura a culpada dos obstáculos à felicidade? Ou então o medo de ser grande?

Bem, loucuras a parte, essa história do filme casa muito bem uma frase de um outro filme, “Alguém tem que ceder”, em que a personagem feita pela atriz Maryl Streep fala: “é impossível ter intimidade sem ser íntimo.”

Para íntimo, intimista ou intimidado, vale a pena conferir!

Sinopse: Adam (Ashton Kutcher) anda meio enrolado com as mulheres e não há nada que o prenda num relacionamento. Emma (Natalie Portman) trabalha muito num hospital e mal tem tempo para encontrar seu amor. Os dois eram grandes amigos até o belo dia em que resolveram ter uma transa, sem compromisso, e o que parecia ser uma boa “válvula de escape” começa a ganhar contornos de algo mais sério e o que era somente amizade pode se tornar em um grande romance. Resta saber se isso pode ou não dar certo.

Um comentário:

Maurea disse...

Adorei o filme...e seu comentário tbem Simone...Além de ficar mais vulnerável ficamos cegos tbém...Apostar todas as fichas em uma paixão tem os seus riscos pq o coração é terrívelmente enganador...digo o coração que envolve as nossas emoções e os nossos sentimentos.
Diga-me onde está o seu coração e lá estará o seu tesouro!
Temos coração batendo mas temos aquele coração que carrega todos os sentimentos e emoções vividas e que pretendemos víver...