13 de março de 2011

O vôo de Ícaro


Na mitologia grega, Ícaro (grego: Íkaros, língua etrusca: Vicare, alemão: Ikarus) era filho de Dédalo, um dos homens mais criativos e habilidosos de Atenas, famoso pela sua morte por cair dentro do mar Egeu quando a cera de suas asas artificiais derreteram.

Um dos maiores feitos de Dédalo foi o labirinto do palácio do rei Minos, de Creta, para aprisionar o Minotauro. Por ter ajudado Ariadne, filha de Minos a fugir com o herói ateniense Teseu, Dédalo provocou a ira do rei Minos que, como punição, ordenou que Dédalo e seu filho fossem jogados no labirinto.

Dédalo sabia que sua prisão era intransponível, e que Minos controlava mar e terra, sendo impossível escapar por estes meios. "Minos controla a terra e o mar", disse Dédalo, "mas não as regiões do ar. Tentarei este meio". Dédalo projetou asas, juntando penas de aves de vários tamanhos, amarrando-as com fios e fixando-as com cera, para que não se descolassem.

Foi moldando com as mãos e com ajuda de Ícaro, de forma que as asas se tornassem perfeitas como as das aves. Estando o trabalho pronto, o artista, agitando suas asas, se viu suspenso no ar. Equipou seu filho e o ensinou a voar. Então, antes do vôo final, advertiu seu filho de que deveriam voar a uma altura média, nem tão próximo ao sol, para que o calor não derretesse a cera que colava as penas, nem tão baixo, para que o mar não pudesse molhá-las. Dédalo beijou seu filho com lágrimas nos olhos e as mãos tremendo, levantou vôo e foi seguido por ele.

Eles primeiramente se sentiram como deuses que haviam dominado o ar. Passaram por Samos e Delos à sua esquerda, e Lebinto à sua direita. Ícaro deslumbrou-se com a bela imagem do sol e, sentindo-se atraído, voou em sua direção, esquecendo-se das orientações de seu pai, talvez inebriado pela sensação de liberdade e poder. A cera de suas asas começou rapidamente a derreter e logo caiu no mar.

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